Europa apresenta múltiplos interessantes diante da incerteza que paira sobre o continente

Em um mundo instável e experimentando o pensamento populista, a Europa se destaca por ser uma das regiões com mais indefinições para o futuro próximo.

Mas os investidores têm contrariado as incertezas quanto ao futuro político-econômico da região e os mercados financeiros locais performado contrariamente ao esperado.

Sabemos que não se vive em um ambiente de tranquilidade, porém a queda recente do índice EuroStoxx 50 Volatility (que mede a volatilidade implícita do mercado acionário Europeu) para o nível mais baixo desde a sua criação em 1999 dá a entender que os investidores não precificam o Risco de a situação política piorar e estão positivos quanto ao Futuro.

Verdade é que para um ambiente de baixo risco vemos que os múltiplos Europeus no mercado de ações que estão muito desvalorizados em comparação com seus pares Norte-Americanos (o desempenho do índice FTSE Eurofirst 300 representou menos de 50% do S&P 500 nos últimos 10 anos) estão de fato muito atraentes.

Neste momento as ações europeias estão sendo negociadas a 1.8 vezes o valor contábil enquanto as norte-americanas estão a 3.12 vezes, sendo que a diferença em 2010 no auge da crise era de somente 0.4 vezes entre elas. Espaço para valorização existe se o pior cenário futuro de desintegração do bloco e agravamento da crise nas economias do continente não vier a ocorrer.

Esse otimismo oculto está ligado a mudança de posicionamento recente do grande publico quanto aos movimentos populistas pelo mundo (que atingiram o ápice depois das vitórias alcançadas por Brexit e Trump), é dirigido pela decepção temporária com o resultado destas campanhas até o momento as quais têm tido dificuldade em apresentar um caminho que permita justificar suas propostas de apelo.

O enfraquecimento ficou evidente na derrota da extrema direita na Holanda na última semana e na perda de força da candidata Le Pen segundo pesquisas recentes na França.

Outro fator que justifica é também o movimento do FED nos EUA de aumentar os juros na última semana e simbolizar mais dois movimentos de alta para o resto do ano o que ligado a resiliência do BCE em manter os programas de recompensas de títulos a pleno vapor aumenta a confiança que o incentivo a economia europeia manterá a mesma aquecida para aguentar as definições que este ano tem a trazer no contexto Europeu, nomeadamente a eleição Francesa, Alemã e negociação do BREXIT.

Sendo isto verdade, é de se aceitar que os mercados Europeus apresentam sem dúvida uma boa oportunidade de compra.

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